Bandeira Vermelha e Negra da FASP

Bandeira Vermelha e Negra da FASP
Bandeira da Federação Anarquista de São Paulo

A Confederação

" Quando a Confederação chegar nenhum muro, casa, apartamento, Status Cow, propriedades, radicais e trabalhos vão separar você de você que sera o carrasco e a vitima de você mesmo.
Por tanto se amem e sejam felizes, pois os bons frutos seram multiplicados e os maus frutos serão punidos em meu jardim.
Estou cansado de ganhar almas de Ingratos que ganharam tudo isto aqui e me prodizem maus frutos no paraizo. "

The Proibid

A Coluna Anarquista Organicista

A Federação Anarquista é a Espinha Dorsal do Anarquismo

quarta-feira, 30 de abril de 2008

FRENTE CAMPONESA.





FILHOS DE TODA TERRA
( OMO BOGBOG AIYÊ ).


UMA VOLTA AO TEMPO.


As primeiras sociedades camponesas nascem de grupos de coletores, que começam a entender e a manipular a reprodução das plantas e a se estabelecer em local fixo para desenvolver a agricultura, bem como dos primeiros pastores de animais.
Ao se fixar em um lugar nasce os primeiros vilarejos ou comunidades de agricultores (camponeses).
Muitas coisas acontecem de lá para cá, como o nascimento dos estados e da propriedade privada da terra, com o advento do feudalismo.
O feudalismo começa a entrar em declínio, para o advento do mercantilismo no que resultara no sistema conhecido por capitalismo.
Centenas ou milhares de camponeses sem terra, formam o que se conhece por proletariado ou uma classe de despossuidos que só tem os filhos na vida.
São estes camponeses proletários que irão trabalhar nos primeiros ofícios e darão a origem de um novo seguimento de classe: o operariado.
Este seguimento de classe vai chamar a atenção dos primeiros socialistas, que vem no operariado a formula de uma nova sociedade.
Mas é no campesinato que socialistas como Bakunin apostaram suas fichas e como Kropotkin que desenvolve as suas formulações sobre a sociedade socialista, fundada nas federações das comunas da terra dos produtores agrícolas, na Ucrânia o maior exercito camponês da historia da Rússia nasceu sobre a figura de Mackno.
É no decorrer da transição entre feudalismo e capitalismo que surge o sindicalismo como meio de organizar o proletariado enquanto classe social.
Este sindicalismo tem um caráter revolucionário pois é uma organização de classe que não tem vínculos com o estado, se organizando em comunas de produtores, que começam a gerir o espaço publico em conselhos populares conhecidos na Rússia por sovietes.
No Brasil as comunidades indígenas não tinham uma agricultura como na Euro-Assia, mas tinham uma agricultura de subsistência.
Com o fim da escravidão negra no Brasil, chega as primeiras levas de proletários para trabalharem no campo e na cidade.

A ATUALIDADE HISTÓRICA DO CAMPESINO.

O camponês se divide em duas classes: a dos proprietários das terras, conhecidos por fazendeiros e latifundiários e a vasta massa do proletariado do campo conhecida por trabalhadores rurais sem terra.
Nada mudou de lá para cá, mas um movimento surgiu e se tornou muito forte, o MST (movimento dos trabalhadores rurais sem terra), que ocupa o latifúndio, cria comunas da terra, cria trabalhos cooperativos e organiza a vida no campo.

UMA COMPARAÇÃO HISTÓRICA.

O sindicalismo do MST nos lembra em muito o sindicalismo do século passado. Há diferença é que no século passado os trabalhadores rurais se baseavam nos princípios e métodos do federalismo e o MST é uma organização popular formada de quadros de direção, organizada nacionalmente de forma vertical.

VAMOS DEFINIR O QUE É O MST PARA NÓS.

Um movimento social do campo onde todas as frentes são unificadas internamente em setores.
O MST é um sindicato livre, porque organiza os trabalhadores rurais sem terra economicamente e independente do estado.
O movimento também tem um caráter comunitário, pois organiza comunas da terra, baseadas em núcleos de família, estabelecendo setores comunitários como: educação, formação, comunicação, cultura, saúde, alimentação, organização de massa entre outros...
O MST ao ocupar o latifúndio, resistir a repressão, produzir e se organizar em cooperativas imprime uma orientação revolucionaria a luta do proletariado campesino.

COMO VEMOS O MST.

Muitos ao falarem do MST identificam ele como uma sigla ligada aos marxistas ou um movimento ligado as figuras de direção ou vanguardas.
Nos não vemos o MST dessa maneira, vemos de dentro, pois somos parte dele.
Para nos o MST é o trabalhador organizado e se organizando para ocupar, resistir e produzir, é a base a nossa referencia e não a direção.
No MST existem muitos grupos internos de caráter ideológico de esquerda, que se somam na luta direta por afinidade.

Ele é um movimento de luta de classes, que tem uma unidade na ação direta, e na soma dos esforços do campo das esquerdas, portanto um campo fértil para os libertários.
Queremos dizer: que aqueles que identificam a direção de origem marxista e não identificam o proletariado com o movimento, faz uma leitura de cima para baixo de fora para dentro do movimento, nos fazemos o inverso, pois fazemos uma leitura horizontal e por dentro do movimento, considerando o MST como uma organização dos trabalhadores.

NOSSO TRABALHO MILITANTE.

Acreditamos que a configuração vertical do MST nacional, não muda tão cedo, pois o camponês sem terra se preocupa mais com as ações pontuais e tem ainda um ceticismo em participar políticamente de uma organização político-social nacional.
Entender a horizontalidade como necessária a um processo de participação gera preocupação por parte dos quadros de direção do MST, que não querem perder o controle do movimento pela base, mas só o processo de luta de classes gera o crescimento da consciência de classe social, capaz de mudar este cenário autoritário.
O nosso trabalho militante esta ainda começando, mesmo vindo de um tempo anterior e nos temos muitas expectativas junto ao MST - SP.
Nos orientamos pelas praticas do resgate dos princípios do sindicalismo revolucionário do inicio do século XX e pela carta de princípios da resistência popular, constituindo e nos organizando como um núcleo da frente campesina na construção da resistência popular de São Paulo, para imprimir junto ao movimento dos trabalhadores rurais sem terra um caráter mais libertário, na construção do socialismo e do poder popular.

QUEM SOMOS ?

A tendência Filhos de Toda Terra ( Omo Bogbog Aiyê ) é uma Tendência pró Resistência Popular que atua como frente campesina dentro do MST-SP.
A Tendência possui dos perfis de militantes:
- os militantes que já estão em uma ocupação ou assentamento
( comuna da terra ) e participam internamente do MST - SP.
- os militantes que são apoio estratégicos,
vistos como integrantes do movimento que participam de ações conjuntas ao MST.

A Tendência desenvolve atividades de relações com outros grupos sociais como professores, servidores, desempregados, operários, estudantes entre outros grupos da sociedade.

HISTORIA DO MST.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é uma articulação entre os movimentos de Camponeses Sem Terras em todo o Pais e articulado no Continente e no Mundo.
Nasce em 1984 com a soma dos esforços e a união entre vários movimentos de camponeses pobres no Pais, entre eles: O Movimento contra as Barragens das hidrelétricas que expulsava camponeses, índios e negros ( quilombolas ) de seus assentamentos, bem como vários movimentos de Posseiros expulsos de áreas estratégicas como nas terras onde passava a linha de trem ( Ferrovia ) e as Auto Estradas ( Rodovias ).
O MST Chamou a atenção de toda mídia nacional com ocupações de latifúndios, promovendo a expropriação das terras improdutivas da especulação imobiliária, para a mão dos camponeses , coletivizando as terras em núcleos de famílias, organizando cooperativas de produção, consumo e distribuição dos produtos da Reforma Agrária.
Promovendo um Sindicalismo Livre de Ação Direta, não vinculado ao Estado e dando a este uma orientação Revolucionaria ao expropriar as terras da Burguesia Agrária.
O Movimento começa a se estabelecer no campo como Força Política, criando "Comunas da Terra", onde as terras são coletivizadas e geridas por núcleos de famílias, construindo suas próprias escolas, formando seus próprios professores, Construindo seus Centros Comunitários, Universidades, Centros de Formação e Capacitação, Cassa em sistema de Mutirão, implementando a Agro-ecologia e construindo meios alternativos de Mídia, como Rádios livres, jornais e Revista do MST.

NOSSA HISTORIA NO MST SP.

Em 1993 companheiros Anarquistas começam a participar do MST na regional de Andradina e Pontal, criando um grupo chamado " Terra e Liberdade ", que somava militantes da frente de Massa com uma Rede de Apoio ao MST.
Estes companheiros participam do 1º curso de Formação de militantes do MST em São Paulo, adquirindo uma pratica de ação direta com ocupações de terras improdutivas e confronto com a UDR ( União Democrática Ruralista - Burguesia Agrária ), que estava armada até os dentes com paramilitares para combater e conter as ocupações no extremo do Estado.
Estes companheiros vem a São Paulo e se articulam com outros companheiros Anarquistas e Libertários que desenvolvem trabalhos junto aos Movimentos Sociais e em especial com o MST, fundando em 1998 a tendência " Unificação Terra " e em seguida fundam a Resistência Popular em 1999 junto com outros grupos como a Tendência Apoio Mútuo, com o grupo A.L.D.A., com a OSL e com indivíduos de todo o Estado.
Em 2002 militantes Anarquistas e Libertários do MST ocupação as Terras da SABESP ( Serviço de Abastecimento de águas em São Paulo ) que iria virar um Lixão Publico, dentro da cidade de São Paulo, organizando o primeiro assentamento da Reforma agrária dentro do coração do Capitalismo Latino Americano.
Em 2008 estes companheiros que atuam nesta Frente Camponesa, decidem montar um grupo ( Tendência ) que atue dentro do MST e Formam uma Rede de Apoio a estes companheiros que estão nos assentamentos da Reforma Agrária e estão participando do MST e promovendo coletivizações de terras com ocupações de terras improdutivas e da especulação imobiliária.
Este grupo se chama Tendência Filhos de Toda Terra (Omo Bogbog Aiyê)

PORQUE DO NOME DA TENDÊNCIA FILHOS DE TODA TERRA ( OMO BOGBOG AIYÊ ).

O nome Filhos de Toda Terra foi proposto por dois companheiros do CCS AM que participam da tendência e referendado na reunião com os demais militantes.
Escolhemos este nome por reivindicação de nossa origem indígena e camponesa e acrescentamos entre parentes o mesmo nome escrito em "yoruba", dialeto Africano trazido ao Brasil pelos escravos negros que eram explorados na agricultura pelos colonizadores Portugueses, antes da chegada dos escravos brancos (proletariado de imigrantes europeus) para a agricultura assalariada.
O FTT é um movimento embrionário por uma Federação dos Trabalhadores da Terra (Campos e florestas)



HINO DOS FILHOS DE TODA TERRA (OMO BOGBOG AIYÊ )



Filhos de Toda Terra

Não esquecera jamais

Sua origem Ploletaria:

Indígena, Quilombola,

Camponesa e Operaria.



Sobre a Bandeira da Resistência

Não mais sujeitos a opressão e exploração

Unamo-nos como classe

Façamos da Solidariedade

Uma Nova Sociedade



As florestas, as terras,

As cidades e as Fabricas

Pertencem a Coletividade.



Possamos gritar em voz alta

Todos juntos a cantar

O Poder Popular

Punho esquerdo erguido

Eis aqui o nosso símbolo.





FILHOS DE TODA TERRA ( OMO BOGBOG AIYÊ ).

EMAIL: filhosdetodaterra@gmail.com

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