A Federação Anarquista de São Paulo ou FASP, foi fundada em 26 de Julho de 2008, com sede em SP/SP. A FASP é uma Associação de direito privado, constituida juridicamente, com Estatutos Publicos Registrados como de caráter organizacional, classista, educacional e cultural, com a finalidade de atender a todos que a ela se dirigirem. A FASP esta filiada a FAESP, Federação Anarquista do Estado de São Paulo e Confederado a CAOS, Confederação do Anarquismo Organizado Socialmente.
A Confederação
" Quando a Confederação chegar nenhum muro, casa, apartamento, Status Cow, propriedades, radicais e trabalhos vão separar você de você que sera o carrasco e a vitima de você mesmo.
Por tanto se amem e sejam felizes, pois os bons frutos seram multiplicados e os maus frutos serão punidos em meu jardim.
Estou cansado de ganhar almas de Ingratos que ganharam tudo isto aqui e me prodizem maus frutos no paraizo. "
The Proibid
Por tanto se amem e sejam felizes, pois os bons frutos seram multiplicados e os maus frutos serão punidos em meu jardim.
Estou cansado de ganhar almas de Ingratos que ganharam tudo isto aqui e me prodizem maus frutos no paraizo. "
The Proibid
A Coluna Anarquista Organicista
A Federação Anarquista é a Espinha Dorsal do Anarquismo
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Lutar e Vencer! Com Ação Direta Popular!
NADA NOVO NA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. SÓ A LUTA POPULAR DECIDE!
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NADA NOVO NA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. SÓ A LUTA POPULAR DECIDE!
Chegamos ao segundo semestre do ano. Sendo ano ímpar, chegamos ao período das eleições parlamentares, agora para a gestão dos municípios. Nestes próximos três ou quatro meses, de maneira mais latente e até mesmo escandalosa, tudo gira em torno das eleições.
Na verdade, a disputa começou antes do calendário do TSE. Para aqueles que estão dentro da "máquina" até anúncio de obras ou projetos que ainda serão executados é pretexto para montar palanque político. Quando se tratou de inauguração, a festa foi completa: os olhos brilham a votos e estes tendem a ser convertidos em dinheiro e poder na forma de concessões estatais e favorecimentos.
Fabricando consensos, verdades e regulando discursos, situa-se a mídia como aliada direta ou tácita dos grupos políticos e econômicos que negociam coligações, candidaturas e favores, muitos favores.
Desse modo, ainda que ninguém veja, de maneira geral todos sabem, embora isso não implique necessariamente na busca de outras formas de fazer política. Do senso comum do catador, a criar e reciclar vida, ao cientificismo pedante e amorfo de diversos sociólogos e analistas políticos, ao jeito de cada um, todos tendem a concordar: as eleições não são decididas no voto, e sim, nos bastidores da política profissional.
Do interior alagoano, com convenções partidárias feitas em presídio para lançar candidatura a prefeito e vereador, às grandes metrópoles brasileiras na fictícia "disputa de projetos", especialmente entre PT-PSDB – que tem o real desvelado quando os dois concorrem no mesmo palanque em Belo Horizonte – o cenário, no fim das contas, é um só.
Com sotaques e formas de expressão particulares, muita coisa está em evidência nestas eleições municipais, só não a mais cara para nós anarquistas do FAO: o poder do povo para decidir e construir seu destino.
DISPUTA E COOPTAÇÃO POLÍTICA
O que mais se diz discutir é o que de fato menos se discute nas eleições de outubro: projetos de sociedade. A discussão é de paliativos, pois o projeto político é um só, tendo como um dos ideólogos e patrocinadores o próprio Banco Mundial que o expôs na última Conferência Mundial das Cidades realizada em Porto Alegre, em fevereiro deste ano.
Temas como violência, "humanização" de favelas, infra-estrutura, sustentabilidade e governança, são recorrentes e pautadas por uma mesma lógica. Recentemente o ex-prefeito de Bogotá (COL), Antanas Mockus, esteve a rodar pelo país realizando reuniões e palestras dissertando sobre sua experiência de gestor no combate a violência, propagando uma "cultura da paz". Suas idéias estão, inclusive, presentes no recém Programa Nacional de Segurança e Cidadania (Pronasci) do Ministério da Justiça do Governo Federal.
Casado a esta "promoção" de paz e cidadania, está a modalidade de "desenvolvimento local", variante do desenvolvimento sustentável. Carrega consigo todo o vocabulário de "cultura empreendedora" , capital humano e capital social, a ser posto no horizonte de pequenas localidades para o seu desenvolvimento e sua inserção produtiva (que na verdade é muito mais uma anexação a toda uma cadeia produtiva controlada pelas elites).
De concreto, o que sobra é a generalização de políticas excludentes praticando o que eles chamam de "higienização" das cidades, expulsando camelôs, catadores e moradores de rua, como também maior vigilância e repressão nas periferias. Nos meios rurais está especialmente posta a garantia de reprodução da estrutura fundiária e sua sintonia com a política global do agro negócio.
A verdade é que todos sabem onde sujam as mãos. O PT busca fortalecer sua base eleitoral para 2010 e a "oposição" burguesa do quilate de PSDB e DEM, reverter o quadro a seu favor. Com a “pelegada” não é diferente. O PCdoB quer declarar "independência" do PT e forma com PDT, PSB e outros um chamado "bloco de esquerda" para ganhar fôlego e espaço para 2010. Nada além disso.
No caso do PSOL, o que faria Heloisa Helena sair como "simples" candidata a vereadora em Maceió? De maneira confessa, é a necessidade de eleger parlamentares. No projeto político que o PSOL representa, é uma questão de necessidade imperativa e estas eleições, no fracasso ou sucesso, muito dirá para o seu futuro.
O que enfatizamos é que não se trata da falta de vontade política, pois a política estatal-eleitoral é a política dos conchavos, do clientelismo. É nesse esquema que ela se estrutura e se reproduz, que é corrupta e corruptora. Não estamos a discutir caráter ou intenções, boas ou más, equivocadas ou não, de um candidato ou de um partido. A ilusão também está presente nas fraseologias e discursos raivosos daqueles que pensam serem "mais espertos" afirmando "usar a democracia burguesa contra a burguesia". Talvez quando se acredita ser, por auto-proclamação, a encarnação dos interesses dos oprimidos, tenha sentido imaginar a imunidade junto a esta estrutura corruptora.
A política profissional, a política do Estado e suas eleições, é também a da cooptação política. E aqui está justamente a preocupação e o cuidado que devemos ter, debatendo com os militantes dos movimentos sociais para que estes não se percam e, mesmo sem perceber, sejam tragados pela política dos dominadores.
Portanto, ao falar de uma outra forma de fazer política, na qual afirmamos ser feita pelo povo (auto)organizado, falamos especialmente de concepção e método. Está abrigado no desenvolvimento deles – e não na conquista de "hegemonia" dentro do aparato estatal ou em discursos raivosos – a capacidade de transformação social que pretendemos construir no seio do povo. Com criatividade e disposição, o protagonismo de classe nasce da ação direta, não posta como acessório de discurso político, mas gerada em todas as suas implicações como concepção e método de luta.
NA LUTA DECIDIMOS, NA LUTA CONSTRUÍMOS O PODER DO POVO!
Em meio as definições de alianças e candidaturas eleitorais, presenciamos a luta do povo indígena em Roraima sendo tratada como caso de polícia pela mídia, o movimento estudantil ser investigado pela Polícia Federal nas universidades e, especialmente, os movimentos populares terem o cerco fechado, no bombardeio ideológico e repressivo, chegando ao auge na declaração de ódio de classe da justiça gaúcha ao querer dissolver o MST.
Fora do calendário do TSE, militamos nessa hora solidariedade de classe, a ser praticada em cada luta construída e em cada pingo de suor derramado no ombro a ombro com os companheiros e companheiras. É lá onde está o poder de nossa classe, é lá onde se constrói um projeto para os de baixo.
GT Nacional do Fórum do Anarquismo Organizado
Editorial do jornal Socialismo Libertário – N° 18.
Trimestre Julho/Agosto/Setembro de 2008.
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