O Partido Anarquista
e o Anarquismo na China
A historia do Anarquismo Chines é a cooptação dos Anarquistas para com o Partido Comunista, mesmo que estes neguem a Ditadura do Proletariado, esta tendência de unidade de esquerda, onde o Partido Anarquista compõe junto com outros Partidos de Esquerda orientou os Anarquistas pertencentes a Terceira Internacional, tanto na Espanha, Itália, Rússia, Cuba, Uruguai, Brasil e China. Na pratica os Anarquistas colaboram com os Partidos Comunistas e foram traídos em seguida ou geraram o histórico Movimento Anarco Bolchevique onde as Tendencias Libertarias se fundiram como bases dos Partidos Comunistas Nacionais.
"A Sociedade dos Trabalhadores de criação anarquista foi uma Confederação de Federações de Sindicatos Vários na China e logo foi tomada pelo Maoístas".
O Movimento Anarquista na China teve sua maior atuação com a militância Anarco Sindicalista por volta de 1910 a 1920, onde Vadim Damier se destacou como uma das figuras Intelectuais mais importantes do Partido Anarquista Internacional Chines.
A história do Anarquismo e da sua maior Frente de Luta o Anarco Sindicalismo no Oriente geralmente é pouco conhecido fora da região oriental. Os poucos historiadores estrangeiros que abordaram este tema foram unânimes em salientar as suas grandes dificuldades em realizar este estudo, tanto por causa da linguá, como por parte dos arquivos, já que os Partidos Comunistas centralizaram e mantinham estes arquivos sobre seu único e exclusivo controle. O principal fator aqui é, talvez, o fato de que os Libertários do Oriente não se encaixam no quadro desses mitos e crenças pelo qual os "vencedores da história" nesta região do globo (democracia liberal, por um lado, e a ideologia dos partidos comunistas, por outro) procurou legitimar sua vitória (1). No entanto, os estudos mostram que os Anarquistas em sua militância Anarco Sindicalista em muitos países Asiáticos estavam nos primórdios do Movimento Socialista, e que muitas vezes não eram inferiores em força e influência do que seus rivais marxistas ou mesmo, por vezes, ultrapassou-os. Eles foram capazes de deixar a sua marca específica e muito vivas no movimento dos trabalhadores em seus países. A razão para isto provavelmente deve ser buscada na natureza especial das sociedades orientais do início do século XX: na Resistência Comunitária do amargo sofrimento causados pelas estruturas sociais e ideológicas do capitalismo e a invasão cruel do capitalista qual a modernização industrial fez padecer as vivas almas chinezas perante o capital. As idéias Anarquistas estavam aqui (mais do que em qualquer outro lugar) a Bandeira da Resistência Popular: "Nul doute that l` kropotkinienne aspiração à un communalisme Descentralizar unissant le champ, l `usine et l` atelier sur une base de communiste um Touché les fibras d `une société asiatique profondément Rurale et coletivo, Marquee par les pratiques et valeurs quase comunitário de la Rizi-cultura irriguée » tradução: (Também dizemos sem dúvida que Pietro kropotkin foi a aspiração para descentralizar o comunalismo asiatico e desta forma unir o campo, a fábrica e as oficinas em um verdadeiro comunismo social das bases, para se realizar em uma estruturada social asiática constituída em um coletivo profundamente rural campesino, marcado pelas práticas e pelos valores do quase total espirito ancestral comunitário ao rizinio da cultura irrigada as raízes comunitárias camponesas chinesas), F. Pelletier, um historiador francês notado. Foi uma tentativa de combinar o progresso técnico e científico com as nossas próprias estruturas e valores comunitários ", débarrassée (s) des pesanteurs féodales, patriarcales et bureaucratiques" (2). Tradução: ("Apagadas dos encargos feudais, patriarcais e burocráticos"). A psicologia e os sentimentos de comunas rurais percebendo-se como "aldeia-estado-microcosmo" (utilizando as palavras do famoso escritor japonês Kenzaburo Oe), que se opôs ao governo central e viveu de acordo com suas próprias regras (3), esteve muito próximo de a idéia de Auto-Governo e, principalmente, a comuna auto-sustentável.
+ + +
Os primeiros Partidos Anarquistas Chineses foram criados no início do século XX por Estudantes Anarquistas que eram alunos chineses qual estudaram no exterior - na França e no Japão (4). A Revolução de 1911 de perfil antimonárquico na china permitiu que os Anarquistas pudessem operar abertamente. Partidos Anarquistas Revolucionarios surgiram em Guangzhou (Cantão), Shanghai, Beijing, Nanjing e outras cidades. Liderado pelo teórico e Intelectual Anarquista chinês Liu Shifu, ou Shi Fu (morto em 1915), no papel de Editor da publicação "Ming sheng" (A Voz do Povo, editado por ele desde 1913, em Guangzhou, em seguida, em Xangai) argumentou que a organização social injusta é culpado de problemas e pobreza na China , e que somente a Revolução Mundial pode destruir todas as autoridades existentes e dar Liberdade para as pessoas. "Em relação sobre os princípios do Partido Anarquista Chinez, descreveu este sobre o Papel Revolucionario Anarquista em impulsionar a Revolução Mundial, e vindo a definir este como agente do principio comunista verdadeiro, do anti-militarismo, do sindicalismo; da oposição a família patriarcal, do vegetarianismo, da criação de uma língua internacional em harmonia universal e também escreveu que o Anarquismo Chines estava em apoio a todas as descobertas científicas que levam ao progresso dos meios de subsistência humanos."
Da Eliminação do Poder Central e do estabelecimento do Comunismo, Shi Fu escreveu; devemos levar a equalização das aulas e parar de lutar pelo dinheiro. A vida vai se tornar livre, e a sociedade de hostilidade mútua vai mudar para a sociedade do amor mútuo. "Se nós podemos destruir a luta pela propriedade e a sede de poder e de riqueza, eliminando as instituições da propriedade privada e do casamento, qual seriam de 80 a 90 % das mortes resolvidas na China qual o mau e a imoralidade decorre da sociedade capitalista e não do humanidade." Nesta passagem contextual demostra que a Educação se tornaria a estrategia e a instituição qual tal os Anarquistas adeririam em massa em todo o Mundo, qual até hoje se encontra nos sindicatos da educação e nos centros de culturas uma forte militância Anarquista.
Shi Fu falou em favor de uma versão Comunista do Anarquismo: "O Anarquismo defende total liberdade do povo, livre de qualquer controle, com a eliminação de todos os órgãos superiores do poder" ... E uma vez que a autoridade mais perigoso no mundo moderno é o sistema construído pelo capitalismo, os Anarquistas são ao mesmo tempo os Socialistas Libertadores. Pois o Socialismo defende que os meios de produção e seus produtos pertencem à toda a sociedade. " E no Comunismo Anarquista, de acordo com Shi Fu, "todos os meios de produção deve ser de propriedade pública, mas os produtores, ou seja, todas as pessoas, devem ser livres para tomar o que eles precisam. Será uma sociedade sem classes, em que todo mundo vai ter que trabalhar. Não haverá nenhum governo, nenhum exército, nem polícia, não haverá prisões; nem haverá leis, nem regulamentos, apenas os grupos organizados livremente para resolver seus problemas e produzir, a fim de abastecer as pessoas de acordo com suas necessidades. Não haverá a instituição do casamento. As mães e as crianças vão obter a manutenção pública desde o nascimento. Todas as crianças dos 06 aos 20 anos vão receber uma educação gratuita e depois irão receber um diploma de ensino e irão trabalhar, até que se transformem em adultos e aos 45 e 50 anos vão poder ser aposentados, em seguida, eles vão obter alimentos em centros comunitários ... A religião sera transformada em uma nova incentivadora da solidariedade, em completo do desenvolvimento da ética e da ajuda mútua. Todos trabalharam igualmente e tudo funcionará de 3 a 4 horas por dia; e a educação estará sendo realizada em Esperanto; e as línguas nativas serão gradualmente eliminadas ". Shi Fu acredita que os métodos para alcançar esse ideal são a propagação das idéias Anarquistas, atos de resistência popular (como a tática de boicote de impostos e do serviço militar, motins, greves e assassinato de inimigos) e assim quando com o tempo estará madura as condições para a revolução mundial que vai derrubar o governo, pelo estabelecimento do comunismo. Tal revolução, na sua opinião, era para começar na Europa e na Rússia, e depois se espalhar para a China (5). Nesta passagem o Anarquismo Chines se compreende como um programa politico com estrategias e táticas definidas, porem demostra um principio autoritário em querer por fim as linguás nativas e uniformizalas com o esperanto, que é uma linguá criada e não natural.
Na província ou ainda na cidade de Guangzhou os Anarquistas liderados por Shi Fu criarão o primeiro sindicato de tipo moderno na China e eles eram os organizadores das primeiras greves chinesas. Havia cerca de 40 Sindicatos promovidos pelas união realizada pelo Partido Anarquista da China; eles operavam principalmente na área de "artesanato e serviços". Em março de 1918, em Xangai, o primeiro trabalho jornalistico inteiramente dedicado aos problemas do trabalho", Laodong" ("Jornal o Trabalho") apareceu. Seu editor-chefe foi Liang Binsyan, um camarada anarquista de Shi Fu. Qual o papel principal era o chamado aos trabalhadores chineses para celebrar em 1º de Maio. Em 1918, os Anarquistas foram detidos pela primeira demonstração de força politica e por atuação sindicalista revolucionaria no 1º de Maio da China, qual foi realizada na cidade de Guangzhou, que assim foi chamado por Shi Fu de "Barcelona do Oriente". A demonstração da força do Dia 1º de Maio de 1920 foi realizada em Xangai (6). Neste momento os Anarquistas não escondem que pertencem a uma sociedade libertaria secreta mundial que se organiza em torno do 1º de Maio, em que tudo esta em torno deste secreto herói popular.
Os Anarquistas foram apreciados por suas influências entre os trabalhadores em várias cidades chinesas, principalmente, entre os trabalhadores portuários e riquixás de Guangzhou e Hong Kong (7). No período 1920 a 1923, onde as associações de trabalhadores e os sindicatos de diferentes localidades e de diferentes tendências de matrizes e direções politicas coexistiam, qual militavam os Anarquistas localizados nesta cidade de Guangzhou, e ainda em aliança com os comunistas chineses do grupo Moscou Vermelha e da Internacional Sindical, relatavam que a Tendência Anarquista tinha "uma grande força latente". A maioria dos trabalhadores estavam sobre a influência dos Anarquistas e estavam unidos em uma Associação dos Trabalhadores conhecida por; Sociedade de Ajuda Mútua (WMHS). Alguns Anarquistas também trabalharam na União Geral do Trabalho de Guangzhou, surgida inicialmente em Cingapura e sendo influenciado pelos republicanos, assim como nas "ligas neutras" de sindicatos. Em 1923 a 1924, a WHMS gradualmente se desintegrou, e os
sindicatos
adjacentes
de trabalhadores tornaram-se independentes ou se juntaram a Federação dos Sindicatos Canton de orientação Trabalhista (8). Neste período é evidente que os Anarquistas foram a maior força politica de militância social e revolucionaria, porem já neste momento estavam se unindo na ação junto com os membros dos Partidos Comunistas.
Em novembro de 1920, os Estudantes Anarquistas Huang Ai, Pang Renquan e outros ex-alunos do "Primeira Escola Industrial da provincia de Hunan" criaram a Sociedade de Trabalhadores da província de Hunan (WSHP) em Changsha.
O programa da Sociedade de Trabalhadores incluía tanto a união de pontos políticos: como o aumento do bem-estar social; do aumento do nível de instrução educacional dos trabalhadores; bem como a unificação do país; a restauração de uma "dignidade nacional", etc... Qual incluía em sua filiação os Mineiros, Metalúrgicos, Eletricistas, Rodoviários, Tecelões, Pintores, Bordadeiras, Construtores, Cabelereiros, etc...
Os Anarquistas estavam na liderança desta organização social e popular, além de serem Estudantes Anarquistas, também eram os administradores da Sociedade dos Trabalhadores, porem quase não havia trabalhadores nos órgãos executivos e sociais da sociedade. No inverno 1920 a 1921, aumentarm os conflitos entre Huang Ai, Pan Renquan (Partido Comunista e Partido Republicano) e os seus associados, por um lado, e os chefes (direção politica), por outro lado, resultando no incendio que queimou todo o estabelecimento da Sociedade dos Trabalhadores. Os Anarquistas exigiram a proibição da vanguarda tanto comunista, tanto dos republicanos de falarem em nome dos trabalhadores, e que para que "as pessoas que não estão trabalhando e que não têm consciência dos trabalhadores, não pudessem falar em nome destes". A influência destas camadas não proletárias e não trabalhadoras e na maioria formada por estudantes, foi sentida durante uma greve realizada em março de 1921 contra a compra da única empresa existente na província de fabricação e da confecção da seda têxtil "Hua Shi", por um empresário de outra província de Jiangsu, que foi apoiado pelas autoridades locais e pelo governador militar da região Zhao Hengti. Colocando-se a frente da obrigação de fornecer o trabalho para e apenas para Hunanese, qual levou os trabalhadores apoiaram realmente a burguesia local. Mas, ao mesmo tempo, a greve mostrou o poder dos trabalhadores e após a demonstração no primeiro de Maio, com a participação de mais de mil pessoas, as conversas sindicais com os patrões começaram a ser intermediados por pessoas nomeadas por Zhao. Neste momento se percebe que os anarquistas dividiam os sindicatos com uma aliança e uma união sindical entre estudantes anarquistas, comunistas e republicanos, e se mostraram inteligentes em proibir uma vanguarda que fala-se em nome do sindicato como trabalhadores sem ser trabalhador, fazendo com que só trabalhadores pudessem ser membros da vanguarda do sindicato.
O "Hua Shi" incorporou alguns dos líderes da Sociedade dos Trabalhadores no Conselho de Administração, mas Huang e Pang se recusou a participar. Depois da resolução de conflitos, eles continuaram sua agitação politica entre os operários e participaram de ações diretas para destruir as máquinas das fabricas. Neste momento o anarquismo chines demostra a magnifica tendencia negra anarquista em romper com qualquer aliança com a burguesia ou participar do Estado Burguês, procurando construir o poder popular e o estado proletário fora das instituições burguesas e fora do estado burguês.
Em 13 abril de 1921 cerca de mais de dois mil homens apreenderam um empresário de Jiangsu e foram até a sua residência e para junto das autoridades provinciais, exigindo justiça. A manifestação foi dispersa, e a fábrica fechada. O Governador Militar da provincial Zhao Huang convidou os Anarquistas para negociar e assim que eles chegaram para negociar o Governador ordenou as suas prisões, e enviou tropas para forçar os trabalhadores a voltar ao trabalho. Mas os "chefes" continuaram a exigir a expulsão dos "estrangeiros" de Jiangsu, e o conflito foi resolvido apenas depois que a empresa convidou um dos principais comerciantes de Changsha para entrar no conselho de administração. Algumas concessões foram feitas também para os trabalhadores e, no início do mês maio de 1921, a situação se acalmou. Huang Ai foi libertado junto a mais dois Anarquistas, mas não satisfeito. Ele disse a uma multidão de apoiadores o que conheceu os mestres militares e os mestres de finanças, e que deveria ser anulada a concessão para a empresa estrangeira, mas o despotismo do funcionalismo-Shenshi protegeu os empresários estrangeiros. "Por ocasião do 1º de Maio Huang e Pang declarou: "a força das massas e da organização do trabalho não tem nada a ver com política". Neste momento a crise gerada pelo método anarquista de círculos concêntricos, gerou a conhecida síndrome anarquista do centralismo que atingiu o espectro anarquista contestador, qual queriam separar o circulo politico anarquista do circulo social sindicalista. Esta crise de direção anarquista é muito presenciada pelos anarquistas quando o circulo interno se funde com o circulo externo e leva os anarquistas a participarem do governo e outros a manterem a linha ideológica programatica revolucionaria.
O resultado desses conflitos sociais tem sido recorrida pelo rápido crescimento da Sociedade dos Trabalhadores, qual os "chefes" na maioria ligados ao Partido Comunista viriam a se tornar em uma minoria no comando da Sociedade dos Trabalhadores. Até o final de 1921, a Sociedade dos Trabalhadores tinha cerca de 04 a 05 mil membros, e em Maio de 1922, consistia em mais de 20 Sindicatos de mineiros, trabalhadores da estrada de ferro, trabalhadores da imprensa, trabalhadores dos conteiners, estudantes, etc..., unindo agora mais de sete mil pessoas. A Sociedade dos Trabalhadores publicou uma revista "Laodong", que realizou a propaganda do Anarco Sindicalismo como a idéia estratégica da greve geral revolucionaria. Neste momento os anarquistas estavam já perdendo o poder da Sociedade dos Trabalhadores para o Partido Comunista que os ocupavam os anarquistas em seu tempo util, dando-lhes um jornal para editar sem entender que agora eram minoritários na estrutura executiva da Sociedade dos Trabalhadores e que estavam sendo absorvidos e trabalhando para os interesses políticos do Partido Comunista que queriam os anarquistas afastados da luta de classes e da influencia junto ao povo em luta.
Não existia a expressão grêmio estudantil na China, mais sim sindicato de estudantes, é era justo ai a maior presença dos militantes anarquistas combativos que realizavam através destas entidades estudantis uma aliança classista entre os estudantes secundaristas e os estudantes universitarios com os trabalhadores, já que se entendiam como membros da classe trabalhadora. Neste contexto os anarquistas fizeram dos sindicatos de estudantes ou dos grêmios estudantis a entidade de base do poder popular anarquista, porem qual na aliança com o Partido Comunista serviria somente para inventar uma monarquia popular onde tão logo Mao se tornaria este novo imperador comunista, e mandaria perseguir os anarquistas e intelectuais em toda a China.
Os Comunistas locais liderados por Mao Zedong tentaram aumentar a sua influência no movimento popular, operário e estudantil. Eles convidaram Huang e Pang a participar do corpo da "Juventude Socialista" e falou a eles sobre a aliança entre o Marxismo e o Anarquismo. Neste momento os anarquistas estavam recebendo ordens amigáveis do Partido Comunista Chinez qual estes tentavam cativar os anarquistas para trabalharem para os seus interesses políticos populares e monarquistas. "
Palavras de Mao Zedong sobre os Anarquistas: Os Anarquistas que lutaram contra os "chefes", aceitaram a oferta de cooperação (aliança), e isso permitiu que os comunistas pudessem ganhar uma posição na Sociedade dos Trabalhadores."
No outono, a organização da Sociedade dos Trabalhadores foi reorganizada: foram introduzidas taxas obrigatórias; foram criados os departamentos de propaganda, organização e relações. Os Anarquistas e os Comunistas realizaram uma turnê de propaganda conjunta entre os trabalhadores da vizinha província de Jiangxi, onde, em 1922, "foi criado o Clube dos Trabalhadores Mineiros de Anyuan", mas rapidamente virou-se, no entanto, no reduto dos Comunistas. Neste contexto os anarquistas já tinham sido absorvidos pelo Partido Comunista que os mantinham afastados das bases politicas dando-lhes viagens a congressos, para não perceberem as mudanças estruturais que o Partido Comunista realizava na sociedade dos Trabalhadores.
Em novembro de 1921, o delegado da Federação Sindical conhecida por Sociedade dos Trabalhadores, Wang Guanghui representado na reunião reparatória do Congresso dos Trabalhadores do Extremo Oriente em Irkutsk voltou para a China, chocado com a pobreza na Rússia Soviética e pelo controle do Partido Comunista sobre a reunião.
No início de dezembro de 1921, a Sociedade de Trabalhadores, organizou uma grande manifestação contra a Conferência de Washington, seguido pela manifestação anti-imperialista que contou com mais de 10 mil pessoas, organizado em conjunto com outros grupos políticos. Finalmente em 31 de Dezembro de 1921 na fábrica "Hua Shi" uma greve eclodiu após a decisão do governo de cancelar um bónus de Ano Novo. Os trabalhadores exigiam para restaurar o premio, para aumentar os salários e melhorar as condições de trabalho. Neste Greve liderada pelos Anarquistas, mais de duas mil pessoas participaram. Os trabalhadores recorreram a atos de sabotagem, máquinas foram destruídas, vidros foram quebrados, etc... E em 17 Janeiro de 1922 os grevistas enviado Huang Ai e Pang Renquan para negociar com o governador provincial Zhao Hengti, que satisfez a maioria das revindicações dos grevistas, mas imediatamente ordenou decapitar os anarquistas Huang Ai e Pang Renquan. A Sociedade dos Trabalhadores foi dissolvida, e sua publicação foi proibida de ser editada e de circular. A maioria dos Anarquistas principais a partir deste momento fugiram para Xangai. Os restante do Partido Anarquista Chines logo caiu sobre o controle do Partido Comunista e foi transformado em Seção do Partido Comunista Chines (9). Neste momento se percebe a traição do Partido Comunista Chines Maoísta aos Anarquistas, que foram assassinados e ironicamente suas reinvidicações foram aceitas, afim de conter o avanço do anarco sindicalismo revolucionario e amedrontar os grevistas, impondo um terror partidário sobre os sindicatos que estavam sobre as orientações dos anarquistas.
A questão politica do Jornal Anarquista Chinês "A Voz do Trabalho" editado em 01º de Maio de 1922 foi o principal fator organizacional a cerca da "Ação Direta que geraria a Greve Geral". Os Anarquistas e sua presença foi sentida no Primeiro Congresso do Trabalho, que foi realizada em Guangzhou em 1922, especialmente nas resoluções aprovadas na memória de Huang e Pang (propostos pelo delegado da Sociedade de trabalhadores Hunan Zhang Lijian), sobre a organização de um Federação Nacional dos Riquixás e especialmente sobre a linha férrea "Yuehan". O último deles proposto por Wu Haitang, o delegado do "Clube dos Trabalhadores Xu Jiapeng", afirmou que o movimento operário chinês deve ser econômico e não se envolver em luta política (10). Neste momento ainda persistem alguns anarquistas nos congressos maoístas, porem ainda não tinham percebido a aliança entre os maoístas com os mesmos militares que executaram os lideres anarquistas grevistas e a qual levaria Mao ao poder do Estado Chines pondo um fim do curto verão da Anarquia Chinesa.
Depois de 1918, os Anarquistas chineses muitas vezes trabalharam em conjunto com os Marxistas e Partidários do Bolchevismo. No verão de 1919, Juan Linshuang, continuador das atividades Shi Fu `s, criou em Pequim "Aliança Socialista" com Chen Duxiu, o futuro primeiro secretário-geral do CPC (Partido Comunista Chinez), e Li Dazhao, conhecido como "o primeiro marxista da China". E em Pequim forma assim o círculo politico oficial do princípios do Maoísmo que em outubro de 1920; juntamente com os Marxistas (Li Dazhao, Zhang Guotao, Luo Zhanglung, Liu Renjing), incluiu cinco Anarquistas: Huang Lingshuang, Chen Derong, Zhang Bogen etc... sua cooperação continuou até novembro de 1920, quando afiadas, diferenças irreconciliáveis foram revelados. Li Dazhao propôs a fazer algumas das concessões para com os Anarquistas, a fim de preservar a unidade, mas Zhang Guotao e outros insistiram. No final de 1920, os Anarquistas editaram folhas do seu círculo interno, rejeitando um item sobre a ditadura do proletariado no projeto "programa provisório" proposta pelos Marxistas; e o grupo marxista foi reorganizado em um Partido Comunista Nacional que foi o embrião de um papel puramente Bolchevique. Ponto central na plataforma desta organização foi estabelecer uma "ditadura do proletariado" e da implementação de uma disciplina uniforme (11). Neste momento se percebe que os anarquistas são membros fundadores do embrião do Partido Comunista Chines. Porem esta tendência e resultado é percebida em todo o Mundo, e em todo o mundo no periodo da 3º Internacional os anarquistas participaram da formação de Partidos Comunistas.
Na província de Guangzhou, o círculo socialista foi formada por iniciativa do Soviete Bolchevique GN Voytinsky em setembro-outubro de 1920. Junto com a União Soviética e os Comunistas de LA Perlin (representantes de união central soviética de sociedades de consumidores), é composto por "Sete Anarquistas Chineses". Nas reuniões deste círculo da literatura socialista foi discutido e foi estudada a história do movimento operário. A maioria dos membros do grupo rejeitou a tese sobre "ditadura do proletariado", proposto por Voitinsky, e o círculo Anarquista foi dissolvido (12). Os Anarquistas duraram no Socialismo Internacional tanto na China como no Mundo até 1920 a 1922, a partir dai foram perseguidos pelos Partidos Comunistas, traidos e suas associações dissolvidas, destruidas, saqueadas e fechadas, jogando os Partidos Anarquistas na Clandestinidade Politica em todo o Mundo, vindo a ressurgir em 1975 com o nome de coletivos anarquistas e de movimento anarquista, evitando usar o termo partido anarquista, devido a historica traição, cooptação e a burguesamento do termo.
A diferença entre o Partido dos Anarquistas e o Partido dos Comunistas na China veio após discussões em 1921 entre o líder Anarquista Chinês Wu Shengbai e o líder Comunista Chen Duxiu. Neste momento uma Ruptura Programatica entre os Partidos de orientação revolucionaria se notou, os partidarios do anarquismo defendiam a destruição do Estado burguês e a construção de um Estado Proletario e os marxistas defendiam tomar o Estado Burguês e com este edificar o Estado Proletario.
Chen Duxiu alegou que o Anarquismo é impossível, como uma "Liberdade Absoluta" é incompatível com a existência de grupos organizados socialmente em partidos. Ele assegurou que os Bolcheviques e Anarquistas buscam o mesmo objetivo: uma Sociedade Sem Estado bem como os Capitalistas, mas argumentou que, para alcançar tal sistema, uma organização centralizada, será necessário, permitindo assim esta a ganhar poder político. A coerção é inevitável e eficaz para atingir os objetivos, existindo para garantir o desenvolvimento econômico e para evitar o caos que seria conseqüência inevitável da aplicação das Teses de Anarquistas. Wu Shengbai respondeu aos Marxistas que os Anarquistas não negam a existência de Partidos, apenas o despotismo do Partido sobre o indivíduo é negado pelos Anarquistas e que o Anarquismo viu o Sindicalismo como um meio para fazer uma Revolução e para fornecer ordem social pós-revolucionária. O Anarquismo, continuou ele, está pronto para usar a força contra o mau social, para destruir as autoridades; ele procura derrubar a sociedade capitalista, uma vez que se opõe a qualquer poder institucionalizado e da lei, o que conduzirá inevitavelmente à opressão do homem pelo homem. A liberdade humana é impossível sem uma sociedade livre. É concebível somente se as leis serão substituídos por acordos de livre com base na vontade do povo. Não há contradição entre a liberdade e a Associação no Anarquismo, porque cada pessoa é livre para entrar ou sair dele, argumentou o Anarquista chinês.
O anarquista Wu Shengbai insistiu que as pessoas na sociedade de hoje são feitas estúpidas, devido ao conhecimento insuficiente, e que ele espera para a defesa da disseminação da educação, tanto antes como depois da revolução, como estrategia anarquista. Em resposta às alegações de Chen Duxiu que as massas são guiados por motivos emocionais e, portanto, precisa de vanguarda consciente, Wu Shengbai enfatizou: a racionalidade das pessoas vai crescer com o progresso da ciência e costumes anti-social irá diminuir. O objetivo da revolução, ele enfatizou, não é criar uma nova classe, mas a eliminação de todas as classes; a "ditadura do proletariado" notório simplesmente iria reproduzir novamente o mau da velha sociedade. A verdadeira revolução social só é possível no âmbito da associação voluntária de personalidades convictos que vêm para a sociedade comunista livre (13). Neste momento os anarquista são postos em xeque mate e dão uma resposta programatica, mostrando os desvios éticos dos Maoístas.
Os anarquistas também criticaram fortemente a perseguição de seus companheiros pelos bolcheviques na Rússia (14). Os anarquistas chineses entenderam que estavam sendo traidos rapidamente pelos partido comunistas em todo o mundo.
Apesar das crescentes diferenças entre os anarquistas, que eram minoritários neste momento politico chines e que conseguiram se manter a sua prevalência até 1925 dentro do partido comunista, e que dentro do partido comunista, o debate ainda estavam relativamente contidos até 1922. É notavel que Chen Duxiu e Wu Shengbai foram previamente amigos. Talvez muitos ativistas de ambos os lados estavam esperando ainda para a possibilidade de cooperação (15). Alguns comunistas continuaram a acreditar que o anarquismo é a fase final do comunismo. Anarco-Comunista Huang Linshuang participou do Congresso dos Povos do Extremo Oriente, organizado pelo Comintern em Moscou e Petrogrado, em janeiro-fevereiro de 1922 (16). No entanto, no final do ano de 1922, houve uma ruptura final. Agora anarquistas acreditavam fielmente que estavam sendo traidos pelos bolcheviques, e que à revolução do regime na União Soviética era nama mais e nada menos que uma nova forma de capitalismo. Neste momento demorado os anarquistas chinezes rompem totalmente com o comunismo chines e russo.
+ + +
Após a desintegração do WMHS em Guangzhou, em 1924, uma nova fusão dos sindicatos da cidade aconteceu porem foram tomadas por iniciativa do Kuomintang e do partido comunista; e os Trabalhadores tiveram um representante na União Estatal Sindical (WRU) que surgiu derrepente como se tivesse já pronta do dia para a noite, qual incluiu também as organizações que erão antes dos membros da WMHS, obrigatoriamente. No entanto, no final de 1924, em face da luta política se deteriorando na província de Guangdong, uma demarcação começou nesta central sindical. Em outubro, durante a rebelião anti-Kuomintang de Guangzhou, o comerciante anarquista da União de Barbeiros deixou o WRU. Mais tarde, a União Geral do Trabalho e o Sindicato dos Engenheiros (em que há também alguns anarquistas) fez o mesmo, e a WRU permaneceu sob a influência dos comunistas (17). Neste momento o Populismo Chines absorve o Sindicato atrelando este ao Estado. Politica esta realizado em todo o Mundo pelos Governos e Ditaduras Populistas, afim de tomar o sindicato de uma vez por todas das mãos e do controle politico e ideologico dos anarquistas sobre estes.
Desde 1923, a influência dos comunistas (que confiaram em uma aliança com o Kuomintang) começou a subir no movimento operário da China. O Partido Comunista conseguiu alcançar uma posição dominante no II Congresso Nacional de Trabalho (dos sindicatos), que foi realizada em Xangai, em 1925. Alguns dos anarquistas chineses colaboraram com os comunistas, outros se juntaram a Kuomintang. Outros tentaram organizar o movimento anarco-sindicalista; e Xangai tornou-se a central(18). Neste momento se notou que os anarquistas ao criarem os sindicatos políticos, deram espaço para criar as cobras comunistas que iriam os trair, foi neste periodo que os anarquistas defenderam a separação do sindicato do partido, onde o sindicato defenderia a luta econômica e o partido defenderia a luta politica, porem já era tarde demais para esta mudança.
Um dos líderes da esmagado Sociedade dos Trabalhadores da província de Hunan, que, como outros anarquistas desta organização se refugiou em Xangai, fundou o "Shanghai Bureau of Workers" (Sociedade da província de Hunan), que se tornou o centro de atração para os ativistas espalhados pela China. Juntamente com outros anarquistas, em Xangai, em especial os editores do "Herald chinês", que se aproximou de outros sindicatos não comunistas da cidade (entre os quais havia também alguns bastante moderados), na esperança de que ali iria se permitir que os militantes anarco-sindicalistas pudessem ter e manter a sua autonomia sindical (19). E através desta aproximação em 08 março de 1924 foi criado a Federação dos Sindicatos de Xangai, com participação de 24 sindicatos locais. E em seu manifesto, a Federação declarou que todas as pessoas devem ter direito ao "trabalho" e que "têm todos o direito à vida", mas esta situação não é possível de se realizar na atual sociedade dividida em classes sociais, onde existem parasitas ociosos e muitas pessoas trabalhando duro, onde muitos trabalhadores são explorados e vivem sem direitos. E em último este pode sistema não pode trazer vantagens e satisfazer a todos, nem gerar bem material, nem suprir as necessidades espirituais e ou culturais do povo. "Se queremos proteger a vida, então nós não podemos fazê-lo individualmente e só os trabalhadores têm um interesse comum, e eles devem se proteger. Essa é a principal razão pela qual nós criamos nossa Federação", afirmou-se no documento. - "Os trabalhadores têm um interesse econômico comum, por um lado, e do ideal comum de uma nova sociedade, de outro. Nossa Federação é baseado nestes dois princípios." A Federação proclamou sua intenção de proceder a "luta pela melhoria da situação material e para o avanço do desenvolvimento das nossas instalações escolares de intelectuais", para "promover a educação continuada dos trabalhadores, para ganhar salários mais altos, menos horas de trabalho, etc...", e em o futuro de "criar um mundo de produtores, o mundo do trabalho". Enfatizou-se que a organização de trabalho "deve ser um sistema metodológico federalista, descentralizado", porque "não precisam de líderes inúteis". A Federação expressou "contra todos os capitalistas e todos os governos", bem como "contra todos os chamados socialistas". "Tudo o que fazemos, devemos fazer por si próprios", dizia-se na declaração. "Estamos completamente independente de todas as partes, e esperamos vir com a nossa Federação para a criação de uma associação geral dos sindicatos de todas as organizações de trabalhadores na China". A Federação publicou o jornal "Herald do trabalho", que foi publicado em primeiro lugar três vezes no mês e, em seguida, semanal (20). E na primavera de 1925, foi relatado que um jornal foi proibido em Xangai e se mudou para Guangzhou (21). Neste momento se percebe que a estrategia de poder popular através do sindicalismo revolucionario é de não separar os trabalhadores por categorias, mais unir todas as categorias como classe em um único sindicato federalista, afim de construir nas entrelinhas uma republica sindicalista, onde o sindicato é o Governo e o Poder Popular do trabalhador.
Os delegados da Federação dos Sindicatos de Xangay queria participar do II Congresso da IWA em 1925, mas a guerra civil na China impediu esses planos (22). Neste momento se percebe-se a Utopia Anarco Sindicalista, onde o poder popular seria uma organização social de produtores, exercida através dos sindicatos que poriam um fim ao estado Burguês.
Tendo em vista as intenções do Partido Comunista para convocar o 2 º Congresso Nacional de Sindicatos (maio de 1925), as organizações de trabalhadores libertários em Xangai lançou um manifesto em que alertou trabalhadores da ditadura do partido comunista. O documento sublinha a importância da rebelião de Kronstadt em 1921 contra o regime bolchevique na Rússia: "Para a classe trabalhadora, a revolta de Kronstadt foi uma revolução proletária real". Kronstadt é a tragédia que não deve ser repetido na China. "A emancipação dos trabalhadores pertence aos próprios trabalhadores!" O documento foi assinado pelo Sindicato dos carpinteiros, a Federação dos trabalhadores da indústria têxtil de Xangai, o Sindicato dos Trabalhadores veteranos da Guerra, a Federação das impressoras chinesas, a Associação da estrada de ferro trabalhadores da linha Xangai-Nanjing, a União dos pintores, o Sindicato dos Trabalhadores Anhuei (Shanghai), o Sindicato dos empregados shiping de pacotes, o Sindicato dos funcionários do hotel de Xangai, o Sindicato dos sapateiros de Xangai, o Sindicato dos amigos Don- Te, a União de tintureiros de seda, a Associação dos empregados do restaurante de Hwa Yang, a Associação dos spinners de Xangai, a Associação dos cabeleireiros de Xangai, a Federação dos Trabalhadores produtores de tinta e nanquim, a União das arquibancadas, o Sindicato dos mecânica Wan-Shin, a Federação de eletricistas, os traficantes de transportes da União (rickshaws) de Xangai, o Shanghai Federação dos trabalhadores da construção, o sindicalista da Juventude, a Associação de chá trabalhadores de preparação de Xangai, a União dos mineiros Don-Te, a Seção da Federação Chinesa de encadernadores em Xangai, os Trabalhadores `Associação U-Pei em Xangai, a União dos marítimos, a Federação dos alfaiates de Xangai, a Associação de trabalhadores Kiang-Pei, o Sindicato dos fabricantes de móveis, a Associação de Che-Kiang em Xangai, o Sindicato dos carpinteiros Hwai-Tai, em Xangai, os Trabalhadores `Ajuda Mútua Society of Anhuei, a Federação de Sindicatos Jiangxu em Xangai, os Trabalhadores` Ajuda Mútua Sociedade de Jiangxi, em Xangai (23). Neste momento se percebe a reorganização dos Anarquistas já longe de Pequim mais isolados na ilha e província de Xangay.
Após a repressão contra os trabalhadores chineses nas fábricas japonesas em Xangai onde a polícia chegou atirando contra um protesto estudantil anti-imperialista realizado em 30 de maio de 1925, e onde as organizações de trabalhadores libertários da cidade participaram ativamente da greve geral de protesto. Novamente uma onda de greves durou até setembro, promovidas pelo Partido Anarquista Chines no exilio em Xangay. A Federação de Sindicatos de Xangai lançou um manifesto para os trabalhadores do mundo, que se lembrou de que os chineses é um "povo que é oprimido pelo imperialismo e pelo capitalismo internacional", privado de sua liberdade e a qual arrasta a sua existência miserável. Agora os oprimidos despertado, eles "deveriam se unir e exigir nossos direitos e nossa liberdade". Os libertários chineses enfatizou que os trabalhadores estão lutando contra o imperialismo, mas eles não são nacionalistas: "Nós, os trabalhadores chineses, estão lutando para o bem-estar e liberdade de todos os povos contra o imperialismo internacional bárbaro e capitalismo. É uma questão de vida ou de morte de toda a humanidade. Isso não faz de forma alguma o movimento contra os estrangeiros, e não é uma questão de diplomacia. Nós não contamos com qualquer tipo de governo; mesmo porque o sucesso pode ser alcançado por meios diplomáticos, porem este sucesso não teria sido nossa. Nós, os trabalhadores, não temos nada a ver com esses planos do Governo. Acreditamos que a opressão imperialista não pode ser destruída com a ajuda de barulho diplomática. Nossa resistência econômica só pode ser adquirida se podermos combinar as forças dos trabalhadores. "A Federação chamou os trabalhadores organizados do mundo inteiro para ajudar o proletariado chinês: "Proletários de todos os países do mundo! Manter uma comunicação constante com a gente. Vamos criar uma grande aliança do proletariado do mundo para destruir a exploração bárbara e opressão política e alcançar a liberdade e prosperidade para toda a humanidade" (24). A onda de greves em Xangai diminuiu no final de agosto 1925 só, depois que os líderes comunistas concordaram em retomar os trabalhos sobre os japoneses e, em seguida, sobre as empresas inglesas.
A Federação de Sindicatos de Xangai se opõem a Central Sindical do Trabalho, porque estava esta sobre o controle do partido comunista que aparelhava a entidade. Na Federação dos Sindicatos participaram 50 sindicatos com cerca de 50 mil membros. No entanto, não era uma organização puramente anarco-sindicalista, e também incluiu alguns apoiantes do Kuomintang insatisfeitos com o predomínio dos comunistas. Quando o Kuomintang assumiu o poder, eles perderam o interesse na preservação do movimento de massas. Em seguida, o Kuomintang estabeleceu o controle total sobre a Federação de Sindicatos de Xangai (25). Novamente os sindicalistas revolucionarios neste momento perderam os sindicatos agora não mais para o partido comunista mais para os republicanos vermelhos.
A guerra civil entre os generais do Norte e o Governo do Sul do Kuomintang complicou muito o trabalho do movimento libertário. Ambos os lados brutalmente reprimiram o movimento anarquista e a sua militância anarco-sindicalista, e de acordo com os libertários chineses, "não há nenhum benefício de que, desta ou daquela força militar vai ganhar algum avanço social", porque tudo o que eles representam é a propriedade privada, o capitalismo e a ditadura militar. Os anarquistas chineses se queixaram da falta de recursos financeiros, no entanto, eles continuaram esforços para unir e educar os trabalhadores. No inverno do ano de 1926, os anarquistas e a militância anarco-sindicalista em Sichuan, Hubei, Hunan, Guangxi e outras regiões unidas na "Federação de Armas People` s "(FPA). qual a Federação Anarquista da China também se juntou a esta organização. Onde o centro do movimento dos trabalhadores chineses de Xangai foi eleito como residência do comitê executivo (26). "Neste momento o Anarquismo Chines participa de um Exercito Popular de Xangay, aderindo a este o Partido Anarquista Chines e a Federação Anarquista Chinesa".
A FPA (Federação do Partido Anarquista) foi caraterizado pelos anarquistas chineses como uma "organização do proletariado com a base no Socialismo Libertário". Em janeiro de 1926, a FPA publicou um manifesto para o proletariado chinês no quarto aniversário do assassinato de Hunan anarco-sindicalistas Huang Ai e Pang Renquan e condenou todas as autoridades e forças políticas que lutam pelo poder sobre o país. "O Partido Kuomintang e com ele os comunistas, ou bolcheviques, envolvidas na campanha infame contra o movimento operário libertário", foi dito em um comunicado. "Eles estão enganando as massas e passar táticas de captura das organizações. Alguns querem uma revolução nacional, enquanto outros estão sobre o pálio da bandeira do partido comunista, para criar uma ditadura do proletariado. Na verdade, essa ditadura vai suprimir o proletariado com mão de ferro". O manifesto acusou os comunistas de ter traído China para a Rússia Soviética, de acumular bens, sabotando greves, etc... O manifesto termina com uma chamada para o armamento dos trabalhadores e do slogan "emancipação dos trabalhadores deve ser obra dos próprios trabalhadores!". Neste momento se percebe a confusão organicista entre Partido Anarquista e Federação Anarquista, que é o mesmo que confundir Cabeça com Espinha Dorsal.
A "Federação de Braços do Povo", promovia na China as metas e métodos de luta da Associação Internacional dos Trabalhadores e comunicou os anarquistas na Europa para enviarem o material de propaganda Chinesa (27). Neste momento os anarquistas chineses criaram seu primeiro Braço Militar Anarquista na China inspirada na Federação Anarquista Ibérica, federação Anarquista Miliciana de auto defesa do povo em armas.
No tempo do III Congresso da Internacional anarco-sindicalista, a FPA foi visto por ele como uma organização amigável (29). O principal órgão de imprensa da Federação Chinesa foi no papel o semanário recebido de primeira vez com o título de "braços e Pessoas", que começou a publicar em 1926, em Xangai. O número 09 (Primavera 1927) foi lançado em grandes quantidades. Ele continha: uma análise crítica dos acontecimentos no país; o material sobre "Kropotkin sobre a Revolução Russa"; O artigo de Liu Chen sobre "A liberação sexual e uma revolução anarquista"; uma tradução do manifesto anarco-comunista anarquista russo Novomirsky; e a revisão da situação no mundo (30). Além disso, a FPA produzido em Xangai o boletim "Black Surf". Ele destacava, em particular, os problemas do movimento operário internacional. O número 03, lançado na primavera de 1927, compreendendo: uma chamada para a classe trabalhadora do mundo para se opor à intervenção imperialista e envio de tropas estrangeiras para a China, a avaliação da vitória Kuomintang como um engano das pessoas que dão nada para a trabalhadores; um artigo sobre o reavivamento das Juventudes Anarquistas; a chamada para enviar materiais por endereço de Liu Chenbo (31). Finalmente, Liu Chenbo e Liu Chen publicou uma pequena folha "Black Flag". Na primavera de 1927, foi noticiado sobre a preparação de sua terceira edição. Além disso, o Shanghai editora anarquista "Sino do Povo", lançado em 1926 o primeiro volume ("A Conquista do Pão") das obras completas planejados de Kropotkin. Além disso, o livro de "BP", "A Crítica do marxismo", foi publicado. Na primavera de 1927, foi relatado a publicação da coleção de materiais traduzidos, que incluiu "A anarquia moderna" e "A técnica social como uma tática" por Udo Alle (32). Neste momento os anarquistas já estão na atual situação mundial, organizados e instituidos como Ateneus Libertários, que promovem entre outras coisas grupos de estudos sobre anarquismo, cursos de formação politica anarquista, cultura libertaria, edições anarquistas e setores de comunicações anarquistas.
Bibliografias:
1. Cf. f.ex.: Philippe Pelletier. Un oublié de consensus: l`anarcho-syndicalisme au Japon de 1911 à 1934 // De l`histoire du mouvement ouvrier révolutionnaire. «Actes» du colloque international «Pour un autre future». Paris, 2001. P.176; Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution chinoise. Les anarchistes. Contribution historique de 1902 à 1927. Lyon, 1986. P.7–8.
2. Pelletier Ph. Op.cit. P.220.
3. Cf.: Kenzaburo Oe. The Game of Contemporaneity.
4. Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution chinoise. Les anarchistes. Contribution historique de 1902 à 1927. Lyon, 1986.
5. Cited in: Ibid. P.79–82.
6. Ibid. P.122, 150; Jean-Jaques Gandini. L`anarchisme, matrice de la revolution chinoise // L`Homme et la Societe. Janvier-juin 1997. No.123-124. P.121-123; Новейшая история Китая 1917-1927. М., 1983. С. 45-46 (Noveyshaya istoriya Kitaya 1917 – 1927. Moscow, 1983. P.45-46).
7. Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution... P.178.
8. РГАСПИ. Ф.534. Оп.7. Д.342. Лл.110–111. (RGASPI, i.e. Russian State Archive of Social Political History. Archive Fund 534. Archival Inventory 7. Act.342. P.110-111)
9. Jean-Jaques Gandini Aux sources de la révolution... P.172-176, 179; Новейшая история Китая... С.115 (Noveyshaya istoriya Kitaya… P.115)
10. Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution... P.170, 177-178.
11. Jean-Jaques Gandini. L`anarchisme, matrice de la revolution... P.124; Новейшая история Китая... С.76-77 (Noveyshaya istoriya Kitaya… P.76-77).
12. Новейшая история Китая... С.76-77 (Noveyshaya istoriya Kitaya… P.76-77).
13. Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution... P.101–102; Idem. L`anarchisme, matrice de la revolution... P.124.
14. Arif Dirlik. Anarchism in the Chinese Revolution. Berkeley / Oxford / Los Angeles, 1991. P.200-201.
15. Anarchismus in der chinesischen Revolution - http://ip.casmaron.net:33001/ files/wuzhengfu.pdf.
16. Новейшая история Китая... С.106 (Noveyshaya istoriya Kitaya… P.106).
17. РГАСПИ. Ф.534. Оп.7. Д.342. Лл.110–111 (RGASPI, i.e. Russian State Archive of Social Political History. Archive Fund 534. Archival Inventory 7. Act.342. P.110-111)
18. Jean-Jaques Gandini. L`anarchisme... P.124–127.
19. Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution chinoise… P.178–179.
20. Presse-Dienst frsg. von Sekretariat der IAA. 7.11.1925. Nr.16 (58).
21. Presse-Dienst... 9.05.1925. Nr.7 (49).
22. Tätigkeit des Sekretariats zum 2. Kongress. Amsterdam, März 1925 // Die Internationale. 1925. Juni. Nr.5. S.74.
23. Presse-Dienst... 25.09.1925. Nr.14 (56).
24. Presse-Dienst... 7.11.1925. Nr.16(58).
25. Jean-Jaques Gandini. L`anarchisme... P.127.
26. Presse-Dienst... 7.04.1927. Nr.6 (80).
27. Presse-Dienst... 27.03.1926. Nr.21 (63);
28. Presse-Dienst... 16.07.1927. Nr.10 (84).
29. Protokoll des III. Kongresses der Internationalen Arbeiter-Assoziation // Die Internationale. 1928. August. Nr.10. S.22.
30. Presse-Dienst... 27.11.1926. Nr.31 (73); 10.03.1927. Nr.4 (78).
31. Presse-Dienst... 7.04.1927. Nr.6 (80).
32. Presse-Dienst... 27.11.1926. Nr.31 (73); 10.03.1927. Nr.4 (78).
33. Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution... P.200–202.
34. Presse-Dienst... 10.03.1927. Nr.4 (78).
35. Presse-Dienst... 29.09.1927. Nr.13 (87).
36. Ibid.
37. Presse-Dienst... 16.11.1928. Nr.13 (103).
38. Le Combat syndicaliste. 1930. Septembre.
39. Jean-Jaques Gandini. L`anarchisme... P.126; Idem. Aux sources de la révolution... P.106, 214; Anarchismus in der chinesischen Revolution - http://ip. casmaron.net:33001/files/wuzhengfu.pdf.
40. A. Dirlik. Anarchism in the Chinese Revolution… P.255.
41. Ph. Pelletier. Taiwan: Schmelztigel Asiens // Trafik. Nr.21. S.10.
42. Е.Ю. Стабурова. Утопии китайских анархистов // Китайские социальные утопии. Москва, 1987. С.212 – 213 (E.Yu. Staburova. Utopias of Chinese Anarchists // Chinese Social Utopias. Moscow, 1987. P.212-213)
43. Е.Ю. Стабурова. Анархизм в Китае. 1900 – 1921. Москва, 1983. С.100 (E.Yu. Staburova. The Anarchism in China. 1900-1921. Moscow, 1983. P.100); Анархистский вестник. 1923. Ноябрь – декабрь. № 5-6. С.76-77 (Anarchist Herald. 1923. November – December. No.5-6. P.76-77); Jean-Jaques Gandini. Aux sources de la révolution chinoise… P.170; http://www.flinders.edu.au/research/Reports/1996/Hist96.htm; C.F. Young. The May Fourth Movement and the origins of the Malayan Chinese Anarchism 1919 – 1925 // Asian Culture (Singapore). 1996. June. No.20. P.26–44.
44. Г. Чуфрин. Сингапур. Москва, 1970. С.19 (G. Chufrin. Singapore. Moscow, 1970. P.19).
45. Malaysian Culture Group Events. March 2003. Communism in Malaya // http://www.malaysianculturegroup.com/oldevents/mar03.events.htm.
From: Vadim Damier. The Forgotten International: The International anarcho-syndicalist movement between two world wars (in Russian). Vol.1. Moscow, 2006. P.220-221, 232-239, 585-591, 593-594
Revisão, tradução, extruturação e comentários de formação ideológica: Secretaria de Formação Politica da Federação Anarquista de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário